TDOTS - Capítulo 11
Capítulo 11:
Após acordar da imensa festa que
teve no dia anterior, Aléxia estava completamente determinada em falar com
Katherine e se a semideusa fosse teimosa, seria perfeito pois Aléxia é mais
teimosa ainda. Tomou um banho para tirar a preguiça pós festa, escovou os
dentes, se arrumou colocando a camisa do acampamento, tomou seu café da manha e
caminhou determinada em ir no chalé de Hades.
Ao chegar lá deu três batidas e
torceu para que não fosse Nico quem atendesse e por sorte não foi. Katherine
diferente dela, não estava com uma cara parecendo limão depois de chupa-lo, ela
parecia completamente... bem.
-Kath eu... gostaria de fazer
algumas perguntas.- Mudou de peso nos pés de forma desconfortável.
-Hum, claro Aléxia. Entre.- Elas
caminharam até a cama de Katherine.- Então...
-Queria saber o que você tem com
meu padrinho.
-Apolo é meu melhor amigo de muito
tempo, ele é quem sempre esteve do meu lado.
-E eu notei alguns olhares do meu
pai para você e vice versa, o que vocês tem ou tiveram?
Mas a resposta não chegou, uma vez
que Nico apareceu com os cabelos bagunçados depois de acordar, com uma calça
moletom que notava-se que estava sem cueca, descalço e sem camisa. Aléxia
arregalou os olhos assim como o garoto.
-NICO!- Katherine exclamou e no
segundo seguinte a pequena semideusa não estava vendo mais nada.- Vai colocar
uma roupa agora!- Pela primeira vez o garoto fez algo que ela pediu sem
discutir. Assim que ele estava fora de visão, Aléxia conseguiu ver outra vez,
mas ela estava extremamente envergonhada.
-E-eu, vou ali e já volto.
Saiu correndo literalmente do
chalé de Hades e só parou de correr ao chegar na arena que estava completamente
vazia, ali ela se permitiu parar para pensar. Com tantas coisas na sua mente em
tentar descobrir suas origens ela acabou deixando seus sonhos e talvez futuro
sentimentos de lado.
Estava tudo tão confuso dentro de
si que ela não conseguia compreender e em menos de dois meses sua vida estava
de cabeça para baixo. Deitando na arquibancada da arena ainda de olhos fechados
se lembrou de todas as sensações. A felicidade que sentiu quando descobriu que
era uma semideusa e que era realmente irmã de Percy.
Os sentimento de querer se
aproximar de Katherine e desvendar todos os segredos dela, como se não tivesse
seus próprios segredos para desvendar e o pior de todos, seus sentimentos por
Nico. Lembrou-se da conversa que teve com Katherine a alguns dias atrás e agora
Aléxia já não mais sabia se o que sentia por Nico era amor ou ódio. Por que sua
vida tinha que ser tão... complexa?
-Aléxia?
-PUTA MERDA!- Gritou dando um
salto ao se assustar com a voz de Nico próximo a si.- Quer me matar de um
ataque cardíaco garoto?
-Se acalme e pare de gritar, só
vim aqui pois precisava falar com você.- Ela sentou-se desconfiada e esperou
Nico terminar de falar.- Eu, não sou bom com essas coisas mas gostaria de te
pedir desculpas. Sei que ficou parecendo aquele dia após a missão que eu não
queria te salvar, mas não era isso, é que, fiquei cansado de tudo aquilo, ver
sempre minha irmã se destacando e ela não é mais do que quatro anos mais velha
que eu.
-Tudo bem Nico.- Aléxia se
permitiu acariciar os cabelos dele. O que estava acontecendo com ela?- Isso é
normal, devo te agradecer por ter me salvo no barranco.
-Faria outra vez. - Ele sorriu e
Aléxia abaixou o olhar, o semideus segurou no queixo dela e quando ela se deu
conta os lábios dele estavam colados no dela.
POV Aléxia.
O beijo começou calmo, de forma
doce apenas um roçar de lábios, mas logo ele pediu passagem com a língua que foi
cedida prontamente e inconscientemente, não pensei muito, apenas agi, eu só sei
que queria aquilo, o beijo logo começou a ficar intenso, minhas mãos se
direcionaram para os cabelos negros de Nico e eu puxava os fios escuros de
leve, uma das mãos dele estava em meu rosto e a outra se direcionou a minha
cintura apertando-a de leve, ao sentir esse toque todo o meu corpo começou a se
eletrizar, parecia que eu havia recebido uma descarga energética de Zeus, o ar
já começou a faltar, mas que droga, eu posso respirar de baixo d’água, mas
durante um beijo não? Quando o ar ficou escasso pude sentir os lábios de Nico
descerem pela minha pele até o pescoço onde ele alternava entre beijos e
mordidas, suspirei pesadamente e arranhei sua nuca, senti sua mão que estava em
minha cintura entrar por baixo da camiseta do acampamento alisando a lateral do
meu troco, de repente ficou calor, muito calor, céus o perfume de Nico estava
me deixando louca.
Um estalo se deu na minha mente,
perfume... Lembrei de meu padrinho quando ele havia ido me buscar no colégio
para me levar ao acampamento, ele tinha um perfume de mulher, depois no trem
para a missão, senti o perfume de Katherine e sabia que o conhecia de algum
lugar, mas é claro! Era esse o perfume! Ele estivera com ela antes de ir me
buscar... Mas... “Apolo é o único que
sabe quem é sua mãe”, as iniciais na carta que recebi com a espada...
K.W... Katherine West... A proteção dela comigo... A forma como me olhava, como
só eu podia ser mais afetuosa com ela, os olhares dela com papai, o ciúmes e
ódio de Anfitrite, mas é claro que eles haviam tido algo, EU.
-PUTA MERDA DE NOVO! –Gritei e
durante esses segundos de grande descoberta Nico ainda beijava meu pescoço,
meus olhos que antes estavam fechados se abriram rapidamente e sem pensar
direito empurrei Nico sem medir a força, esquecendo do fato que estávamos numa
inclinação e isso fez Nico descer rolando por um mini barranco, me levantei e
corri até o chalé 6, apenas tive um vislumbre do olhar confuso e um pouco
nervoso de Nico, é ele devia estar muito puto comigo, mas precisava falar com
Annabeth, Nico que me perdoe, mas isso era mais importante no momento.
-ANNABETH! –Cheguei no chalé
gritando já fazendo todos os irmãos dela me encararem, ela estava sentada numa
das camas com o laptop de Dédalo no colo, me olhou assustada enquanto eu entrei
e comecei a arrastá-la comigo.
-Mas o que foi? Por Zeus Aléxia, o
que houve? –A arrastei até o punho de Zeus, era o local mais afastado dos
chalés, poderíamos conversar mais a vontade ali.
-Katherine é a minha mãe. –Foi
assim, na lata mesmo, não tenho paciência pra enrolação não, apesar de que
falando isso agora em voz alta, foi estranho, mas ao mesmo tempo parecia tão
óbvio que eu senti vontade de me socar por não ter descoberto antes.
-Oi? –Annabeth me olhou um pouco
chocada, mas não o suficiente, era quase como se ela tivesse uma leve
desconfiança, mas estava confirmando isso agora.
-Você já desconfiava não é? –A
olhei.
-Sim... Mais ou menos, comecei a
ligar todos os pontos mesmo na festa. –Meus olhos lacrimejaram e ela me
abraçou. –Ei, porque está chorando? Você sempre quis saber quem era, e você
gosta dela não gosta?
-Sim, mas... Por que ela não me
disse logo? Por que ficou afastada? –As lágrimas idiotas insistiam em cair.
-Olha, acho que só ela pode te
explicar isso, mas não penso que ela teve culpa, ela foi amaldiçoada pelo que
sabemos lembra? Tecnicamente ela não é comum, e considerando toda a história
que sabemos só partes pra variar, ela não podia estar com você, mas sempre te
protegeu, você nunca correu perigo, isso não podemos negar.
-Você tem razão. –Suspirei e
limpei o rosto. –Preciso falar com ela... Apesar que vai ser estranho
encará-la, assim sabe?
Annabeth sorriu de leve.
-Mas você vai conseguir, vai dar
tudo certo! Vamos encontra-la agora?
Assenti.
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Foi preciso fazer isso babys